domingo, 14 de fevereiro de 2010

Curriculum Vitae João Feijó

Data de Nascimento: 30 de Abril 1963

Nacionalidade: Português

Morada: Estoril/Cascais

Contactos: (00351) 968024861/(00351) 917048976 (00351) 214037205

E-mail: joaofeijo_l@hotmail.com / joaofeijo@netcabo.pt

Site: www.art-joaofeijo.com
Blog: www.joaofeijo.blogspot.com



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Tem recebido inúmeras críticas, nacionais e internacionais, de grandes nomes das artes plásticas, tais como os críticos de arte portugueses António Bacalhau e Margarida Botelho; a Poetisa Teresa Machado; o artista plástico e fundador do Visionismo em Portugal Luís Vireira-Baptista; e membros da AICA “ Associação Internacional de Críticos de Arte” como Luís Hernández Del Pozo, Julia Sáez-Angulo, José Manuel Alvarez Enjuto e Joan Lluis Montané.

Prémios e Bibliografia

Prémios

1989 - Menção Honrosa Galeria Multiface
1990 - 1º Prémio da Exposição Internacional de Aguarela de Madrid – Espanha
1991 - Menção Honrosa Galeria Multiface
2005 - Menção Honrosa Galeria Arte Livre
2006 - Menção Honrosa Galeria L.94
2007 - Menção Honrosa Galeria Actual
2008 - Prémio Revelação Artista Galeria Actual

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Bibliografia

1991 – “80 Artistas em Portugal” de Margarida Botelho
Citado em várias revistas e publicações nacionais e estrangeiras
Arte 98 Infante do Carmo

2008 – “Pintura Contemporânea Portuguesa – 100 Pintores” de Chancela Real
Livro “Menos Solidão” Associação Coração Amarelo Galeria Verney Oeiras

Exposições Individuais

Exposições Individuais

1991– Galeria Multiface (Lisboa)
Galeria Sto. António dos Cavaleiros

1993 – Galeria Multiface (Lisboa)
1995 – Museu Municipal de Torres Novas
Junta de Freguesia da Cascais

1996 – Galeria L.94 (Lisboa)
1997 – Galeria L.94 (Lisboa)
1998 – Galeria L.94 (Lisboa)
Hotel Penta (Lisboa)

2000 – Arthouse (Cascais)
2001 – Arte na Villa– Sala 3 (Cascais)
2003 – Arte na Guia (Cascais)
BelourArte Gallery (Sintra)

2004 - Palácio Sotto Mayor (Lisboa)
Galeria L.94 (Lisboa)

2006 – Galeria L.M. (Sintra)
Tagus, Parque (Oeiras)
2007 – Casa D`Art (Holanda/Roterdão)
Galeria Actual, 20 Anos Carreira (Lisboa)

2008 – F. Int. de Arte e Antiguidades (Lisboa)
2009 – Cubo de Cristal Marina de Cascais “The Free Style” (Cascais)

Exposições Colectivas

Exposições Colectivas

1984 - Sociedade Nacional de Belas Artes (Lisboa)
1986 - Galeria de Arte do Casino Estoril (Estoril)
Galeria Edmundo Cruz


1987 - Sociedade Nacional de Belas Artes (Lisboa)
1989 - Galeria Multiface (Lisboa)

Galeria Arcada

Arco de Madrid (Espanha)


1990 - Galeria de Arte do Casino Estoril (Estoril)
Galeria Trindade

1991 - Galeria Edmundo Cruz
1994 - Galeria L. 94 (Lisboa)
1995 - Museu Regional de Sintra (Sintra)
Galeria Época (Guarda)
“VI Centenário dos Bombeiros Portugueses” C.G.D (Lisboa)

1996 - “Art’Oeiras” – Galeria Vemey (Oeiras)
1997 - Galeria L.94 (Lisboa)
Galeria Gali

1998 - Galeria Spring
Galeria L.94 (Lisboa)
Galeria Gali

1999 - Galeria ArtHouse (Cascais)
Galeria R.C.L. (Sintra)
Oficina da Arte (Setúbal)

2000 - Galeria L.94 (Lisboa)
Galeria EuroArte
Espaço Cultural – Cascaishoping (Cascais)

2001 - Semanas Culturais – Cascaishoping (Cascais)
Inauguração da Galeria Arte na Villa (Cascais)

2002 - Cultura à Mão – Cascaishoping (Cascais)
Museu da Água (Lisboa)
Bianal de Alenquer (Alenquer)

2003 - Feira de Arte Independente de Madrid (Espanha)
2004 – II Feira de Arte Contemporânea do Estoril (Estoril)
Galeria L.M. (Sintra)
Belourate Gallery (Sintra)

2005 - Galeria Via Veneto, L.94 (Lisboa)
Galeria Arte Livre

2006 - Galeria L.M. (Sintra)
Feira de Arte Independente de Madrid (Espanha)

2007 - Galeria Casa D`Art Roterdão (Holanda)
2008 - Galeria Actual (Lisboa)
Convento do Beato (Lisboa)
Galeria Verney C.M. de Oeiras (Oeiras)
Art Expo 30 Years New York (U.S.A)
Galeria First Gallery “100 Pintores Portugueses Contemporâneos” (Lisboa)

2009 – Quinta da Costa “Um Pouco de Nós” (Famalicão)
Exposição a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro (Lisboa)
Exposição a favor da Liga Portuguesa contra a Sida (Lisboa)

2010 – Galeria Actual e Cruz Vermelha Portuguesa “Ajude o Haiti, Agora!” (Lisboa)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

JOÃO FEIJÓ - “The Free Styler”

O porquê do Free Style (estilo livre) na sua obra, segundo o próprio João Feijó, prende-se o com o facto de ser o modo como se sente mais confortável face à Arte ou mesmo o caminho a que se entrega e no qual mais se desenvolve.

Não se considera um pintor “seguidista”, por não aderir a qualquer tipo de regras ou de estilos que permitiriam, de imediato, identificá-lo ou fazê-lo ser entendido pela comunidade artística. Ao invés, sente que a sua postura é a sua maneira de ser totalmente leal à sua criação e, como Pablo Picasso dizia, “um artista preso a um estilo é um artista condenado”.

João Feijó adora ser livre e sem castrações naquilo que tem de criar e quer ser sempre isento de quaisquer medos de críticas que possam afirmar que é um artista sem um estilo definido. É por isso que aceita que não será muito fácil ser interpretado ou entendido, mas esse factor pouco lhe importa, bem pelo contrário, dá-lhe até uma refrescante alegria, na medida em que irá ter de ser acompanhado a vida inteira, sem nunca correr o risco de ser óbvio.

Pinta, antes de tudo o mais, para si próprio, tentando ser o mais fiel possível às suas vontades momentâneas e ao estado de espírito em que se encontrar, sendo-lhe de todo impossível pintar, se estiver triste, algo onde abundem as cores garridas, os movimentos rápidos, em suma, a alegria. É por esta razão que cria, num estado de espírito mais nostálgico, obras mais bucólicas e monólogos de tonalidades médias e transparentes. De idêntico modo, quando se encontra mais alegre, deixa fluir as mensagens com que o seu corpo e mente o impregnam e recria o que lhe vem à mente nessa justa ocasião. Assim nascem as obras mais fortes, mais marcantes, sem grandes romantismos, mas antes com os sentimentos mais consentâneos com a euforia específica do instante em causa.

Pintar é algo comparável a viver. Do mesmo modo que existem dias em que se acorda com os sentimentos mais diversos (alegres, apaixonados, tristes, stressados, angustiados, ansiosos), assim nascem as obras...

João Feijó não consegue sequer vislumbrar-se a pintar no mesmo estilo durante anos, como tantos artistas que conhece e cujo processo criativo, técnica e até evolução admira, optam por fazer... Para ele, isso seria impensável, uma desastrosa monotonia.

Todavia, no mundo dos nossos dias, já não é somente a técnica aquilo que mais prevalece, mas antes a criatividade, o produto final que o artista consegue transmitir, o sentimento mais fidedigno do que experimentou num determinado instante e que assim se imortaliza. Não que o lado académico não seja importante, mas a realidade é que existem muitos professores de arte e até escolas que condicionam, de certo modo, a espontaneidade oriunda de alguns potenciais futuros criadores artísticos.

Contudo, esta é uma matéria em que entende não precisar de se alongar demasiadamente, porque o que importa deveras é tentar passar a mensagem da razão de ser do modo como vê a arte em si e na sua vida e vice-versa, pois não consegue mesmo vislumbrar-se desenvolvendo qualquer outra actividade senão a de criar, a qual designa, desassombradamente, por “gozo pessoal”, algo muito para além de si mesmo e parte integrante do seu ser interno e inteiro, bem mais do que somente uma mera profissão.

Feijó ama o que faz: pintar, criar arte! Para ele é tão essencial como respirar, comer, dormir ou amar... Entende que é um privilegiado porque faz o que gosta e quer e, ainda, é remunerado por isso.

Como tantos outros, afirma, não se sente excepção. Passou uma fase de tormento, no início da carreira, um tempo de afirmação como artista e, como é óbvio, o reconhecimento levou alguns anos a chegar, porém, a vantagem é que, contrariamente à grande maioria das outras profissões, quanto mais velho fica o pintor, mais pode valer, mais apurado e sensível se vai tornando, logo, não corre tanto o risco da “pasmaceira da reforma”, que tanta gente ceifa à vida, uma vez que a inércia se apodera dos mais idosos e os remete para uma espera quase fatídica do dia do “juízo final”.

No que concerne às várias fases da pintura deste artista, vou falar-vos primeiramente da aguarela. Geralmente revela um estado meio silencioso e nostálgico e talvez até alguma nova paixão que desponta ou um querer amar de novo... As obras são verdadeiros ansiolíticos ou, por vezes, placebos que acalmam o artista e o transportam para uma nova realidade: a da aparente tranquilidade.

Os óleos, técnica que menos aprecia trabalhar, mostram obras mais quentes, com cores e matérias mais fortes, onde pinta temas mais quotidianos e minimalistas, correspondendo a uma época de grande autoconfiança e, consequentemente, reveladoras de grande pesquisa artística.
No tocante aos acrílicos, técnica de que gosta bastante, são talvez os quadros que mais lhe permitem uma melhor execução, porque lhe possibilitam acompanhar com a mão, com mais rigor e exactidão, a desenfreada velocidade-luz da sua mente.

Com efeito, os conteúdos da sua última exposição, realizada em 2007 e intitulada “Uma Vontade Antiga”, foram quase integralmente inspirados em tons terra, sépias e ocres quentes, tons estes que lhe permitem recuar no tempo e recordar um dos cheiros que mais ama: o da chuva na terra seca e as viagens por terras de África. O acrílico permite ainda a realização de algumas aventuras, como adicionar matérias muito variadas de que gosta particularmente, ou seja, Feijó aprecia, como eu, aliás, “ferros velhos e lixeiras”. E mais não digo...

Sobre João Feijó, o melhor mesmo, em minha modesta opinião, é verdes e julgardes por vós próprios! Deixo o desafio!

Lisboa, 3 de Setembro de 2009
Teresa Machado
(Poetisa, não crítica de arte)

Aguarelas de paisagens, vista panorâmica, cores que difundem o tom!

O artista português plasma nas suas aguarelas panorâmicas paisagens da alma, paisagens do coração, outras paisagens que partem da realidade e que estão matizadas com sensações, com vibrações que sobem e descem, que se encontram para brincar com diferentes ritmos.

Ritmos cromáticos que são partes de um tudo evidente, que se determina com a vontade de aquele que pretende canalizar os quatro elementos, aplicando-os em cada circunstância, quer seja em paisagens de água, em paisagens que mostram grandes extensões verdes, como se fossem produto de um instante, removendo-se como o ar, quer em paisagens que unem céu e terra, convertendo-se em vibração emocional.
Exibe outras paisagens que são produto do interior, do eu espiritual do artista, que contêm referências exteriores mas que vão mais além do que se vê e contempla.
Trata-se de um conjunto de paisagens que são partes de um tudo programado, que estão veiculados através da aguada, de uma aguada subtil, que se instala com prontidão, definindo aquilo que é mais importante na composição.
Também possui paisagens que são produto da terra, com casas, construções rurais características, que conectam com a necessidade de situar o espectador em determinadas paragens. Sendo belos, são inteiramente materiais, no sentido de querer instalar-se mais além das circunstâncias que os geraram, porque há uma espécie de consciência subjacente que os impulsiona para os estádios que o artista pretende fazer-nos contemplar.
Tem grande precisão, mas, na aguarela, deixa voar o pormenor ou a descrição ao ar do momento.
As suas paisagens são livres, sem disfarces, sem cadeias nem valas, perdendo-se, em ocasiões, no horizonte.
Um horizonte que se enquadra numa determinada evidência do eu mais subtil e fluído, do eu mais determinante, porque quer exprimir a densidade sem abusar da matéria, para instalar-se no momento, no instante fugaz que é aquele que determina a característica principal do amor entendido como parte de um tudo em que os elementos e a natureza jogam um papel fundamental.


Joan Lluís Montané
Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA)

A Arte Digital! Evocação, Símbolo, Mulher, Espiritualidade e Paisagem de sonho!

As suas fotografias descrevem uma realidade que, frequentemente, é de sonho. Buscador da beleza, com as suas montagens fotográficas digitais, pretende alinhavar a formosura com a liberdade, a espiritualidade com o mundo e o planeta livres.
É um artista que procura a forma estética, a beleza externa, como partes de um tudo harmónico, que abrange desde a mulher, a natureza e o planeta terra até o cosmos e os grandes mestres espirituais.
As suas fotografias são evocadoras, cheias de sonhos alegóricos, em que combina sobreposições, transparências, determinados contrastes cromáticos, figuras humanas com o mundo dos devas e das fadas.
Interessa-se por paisagens com pôr-do-sol, aviões que decolam, voam ou aterram com a cara ou o rosto de uma determinada mulher, que sugerem fugidas românticas ou a lembrança da amada que está longe.
A lua e a terra como símbolo da mulher amada, a força da paixão no rosto, o fogo do amor, o que se anseia numa relação.
Realiza fotografias nítidas, com efeitos especiais, com imagens dentro de outras composições fotográficas, fotografias dentro de fotografias, a modo de collage, procurando a complementaridade do subtil, em linha com o elegante, dentro de uns parâmetros nos que destaca a beleza em estado puro.

Joan Lluís Montané
Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA)



http://www.art-joaofeijo.com/

A dinâmica da paisagem e os instantes da visualização, ritmo

João Feijó indaga na paisagem da natureza, como se fosse uma necessidade interior, essencial e verdadeiramente subtil e profunda.
Conecta com o tudo, com a totalidade do emblemático, no sentido de ser capaz de precisar o instante, como se o instante fosse o momento crucial, o eu vital.
Entende a vida como essência, como determinação do segundo. Por essa razão as suas paisagens são partes de um instante, que se reflectem para além da vitalização das vibrações.
Os instantes de visualização são os que percebem a acção, quer nos seus acrílicos de cenas de cidade, quer nas aguarelas que mostram de modo panorâmico a verdadeira marca da navegabilidade da paisagem, entendida a natureza como fio conector.
Um fio conector que indaga na transformação do instante, segundo a segundo, como alegoria de quanto existe por si próprio, no profundo da versatilidade.
Da dinâmica da paisagem à vontade do instante, mulher pedalando, homem com cão com o jornal na boca, paisagem com ponte, cidade que se reflecte ao longe, ritmo urbano na deliquescência do acrílico, o poder da aguada em conexão com as paisagens à volta, com a natureza do momento e do profundo.
A vontade do ser é a vontade do acontecer, a vontade do instante, subtil, emblemático, quase como produto de um momento que é aquilo que se define como a verdadeira determinação.
O determinante é a evidência do momento. Capta o momento sem incidir no pigmento, não procura a matéria pela matéria, o que procura é veicular a cor com gesto e dinamismo, para contemplar aquilo que vê de forma poética, quase como um fotograma de um filme inventado, mas que possui raízes de veracidade na realidade que o circunda.


Joan Lluís Montané
Da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA)


http://www.art-joaofeijo.com/